nças estão pedindo socorro”, pontuou.

Senadora Damares recebeu a Medalha de Reconhecimento Chiquinha Gonzaga do vereador Leniel Borel.

A noite desta segunda-feira (6) na Câmara Municipal do Rio foi marcada por lágrimas, aplausos de pé e um recado direto aos abusadores: “Enquanto eu tiver vida, vou fazer o dia dos pedófilos bem difícil.” A fala é da senadora Damares Alves (PL-DF), homenageada com a Medalha Chiquinha Gonzaga em solenidade proposta pelo vereador Leniel Borel (PP), dentro da abertura oficial do Maio Laranja, mês de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes.

A senadora subiu à tribuna e narrou, em detalhes, a violência sexual que sofreu na infância. Em um dos momentos mais impactantes, revelou ter tentado tirar a própria vida aos 10 anos: “Subi no pé de goiaba para morrer, mas desci pela vida. E enquanto Jesus quiser, terei vida para lutar pelas crianças deste país.”

Ao lado de autoridades do Judiciário, Ministério Público, Polícia Federal, Polícia Civil e da Guarda Municipal, Damares fez questão de dividir simbolicamente sua homenagem com os demais integrantes da mesa: juízes, procuradores, delegados e guardas que atuam diretamente na proteção da infância no Rio. “Quando vi a mesa, achei que todos seriam homenageados. E deveriam. Porque todos aqui enfrentam uma guerra diária pela infância”, disse.

A medalha, concedida por Leniel Borel com apoio dos vereadores Dr. Rogério Amorim (PL) e Tânia Bastos (Republicanos), reconhece mulheres com trajetória de destaque na defesa dos direitos humanos. No caso de Damares, o histórico é extenso: ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, ela liderou políticas públicas de enfrentamento à violência sexual, combate ao tráfico de pessoas e acolhimento de vítimas.
“Essa medalha tem um peso imenso por vir de você, Leniel”, disse a senadora, dirigindo-se ao pai de Henry Borel, assassinado aos 4 anos em 2021. “A dor nos uniu. A sua, como pai. A minha, como sobrevivente. E hoje essa dor virou missão.”

Leniel, por sua vez, lembrou que a solenidade cumpre o artigo 27 da Lei Henry Borel, que prevê ações permanentes de conscientização por parte do poder público. “O Maio Laranja não é uma campanha de rede social. É um compromisso. E cada autoridade aqui presente tem papel fundamental nesse pacto.”

Presidente da Comissão Especial de Combate à Violência Infantil, Leniel também entregou moções de reconhecimento a conselheiros tutelares, juízes, procuradores e integrantes da Ronda Escolar da Guarda Municipal. “São esses profissionais que protegem nossas crianças quando o Estado falha. Hoje, essa Casa se curva diante deles.”

A solenidade reforçou o clima de unidade entre as autoridades e a sociedade civil no enfrentamento à violência contra a infância. Para Damares, o momento exige coragem: “Podem continuar me chamando de louca. Mas eu vou continuar gritando. As cria