Damares Alves compara acusação contra Bolsonaro a julgamentos de regimes totalitários

Senadora repudiou denúncia da PGR contra ex-presidente e disse que caso é de perseguição política
15/7/25 às 19:13

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) subiu à Tribuna do Senado, nesta terça-feira (15), para repudiar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado e comparou o julgamento dele aos que eram realizados por regimes totalitários.

A parlamentar fez um paralelo com o julgamento da ex-deputada da Tcheco-Eslováquia Milada Králová, condenada e morta por enforcamento, em 1950, após julgamento de controverso promovido pelo regime comunista que havia tomado o poder no país dois anos antes.

Segundo Damares Alves, é típico de regimes totalitários utilizar-se do sistema de justiça para travestir de legalidade a perseguição a adversários políticos, o que para ela pode estar ocorrendo no Brasil na condução do julgamento contra Bolsonaro.

“Um homem sem qualquer condenação por corrupção, nunca roubou um centavo. É assim que eles fazem. Usam o sistema de forma cruel e se escondem atrás de um tribunal”, protestou.

A senadora questionou qual será a reação dos seguidores do ex-presidente em caso de condenação e se ele seria capaz de suportar o cárcere, aos 70 anos de idade, com saúde debilitada após facada recebida por militante de esquerda na campanha presidencial de 2018.

Entenda o caso

A PGR apresentou, ontem, parecer na ação penal que investiga suposta tentativa de golpe de Estado e, nele, classificou o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro como “líder da organização criminosa”.

No texto, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu a condenação de Bolsonaro pelos crimes de liderar organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.

“O atual presidente prometeu vingança quando saiu da cadeia. E essa vingança está se concretizando por meio de um tribunal”, afirmou a senadora.


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