Em sessão da CPI das Bets, que investiga as empresas de apostas esportivas, nesta terça-feira (10), a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) apontou falhas da equipe do Ministério da Fazenda (MF) responsável pela fiscalização das empresas, como a existência de 28 empresas com cadastro em endereço semelhante.
Presente à reunião, o secretário nacional de Prêmios e Apostas do MF, Régis Dutena, responsável por supervisionar as bets, foi também questionado sobre a autorização de empresas que, apesar de nome e endereço distintos, possuem o mesmo quadro societário.
Os dados foram levantados a partir de lista de 193 casas de apostas autorizadas divulgada pelo próprio Ministério da Fazenda, em outubro, e obrigadas a pagar a outorga de R$ 30 milhões para começar a funcionar.
“Isso não chama a atenção dos senhores? Uma empresa que vai pagar R$ 30 milhões para ter uma autorização não pode pagar R$ 1 mil em uma sala? Tem que estar todo mundo numa mesma sala? Não chama a atenção esse comportamento estranho entre as empresas?”, questionou.
Damares Alves também apontou que há empresas registradas com nome fantasia brasileiro, mas com sede no exterior, e a existência de outras com capital social declarado muito inferior aos R$ 30 milhões necessários para obter a outorga, algumas declararam R$ 1 mil.
A senadora chamou a atenção, ainda, sobre o fato de que 68 empresas terem sido abertas este ano e que na lista do ministério constam ao menos duas com firma já baixada nos cadastros da Receita.
Os documentos foram entregues à presidência e à relatoria da CPI, para encaminhamento.
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