Livro Damares Alves

“Ou a gente se sensibiliza de uma vez, ou a gente vai ter que entregar o Brasil”, declara a senadora Damares Alves durante lançamento de livro
3/5/23 às 17:15

O livro “Tudo começa na infância”, da senadora Damares Alves, foi lançado pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD) nesta segunda-feira, 02, em Brasília. Vítima de abuso quando criança, a autora aborda na obra temas como maus-tratos a bebês, suicídio, automutilação, adoção, Deus, fé, sociedade, a igreja brasileira, família e cuidados na infância e adolescência. São tópicos que refletem não apenas o desenvolvimento de seu trabalho, como refletem uma verdadeira missão de vida. “Nós estamos no mês de enfrentamento e combate à violência sexual contra crianças e adolescentes, o Maio Laranja. Este lançamento é um ato simbólico para que eu tenha uma conversa com a igreja e com a sociedade sobre uma das mais terríveis violências contra crianças. E as nossas crianças estão clamando por socorro. A gente vê tanta coisa acontecendo no Brasil, toda hora recebemos uma notícia de violência contra a criança. Ou a gente se sensibiliza de uma vez, ou a gente vai ter que entregar o Brasil”, disse em seu pronunciamento.

O evento foi realizado na igreja Assembleia de Deus do Planalto Central e contou com a presença de autoridades como a vice-governadora, Celina Leão, da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, da ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto, diversos parlamentares, representantes de órgãos, entidades e população, em geral.

Considerada autoridade para tratar dos temas, Damares Alves nasceu na cidade de Paranaguá (PR), é pastora evangélica, educadora e advogada. Entre os anos de 2019 e 2022, durante o governo do presidente da República, Jair Bolsonaro, assumiu a função de Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. “Mais do que uma biografia, este livro traz um alerta quanto a atenção que é preciso dar a crianças e adolescentes, desde a concepção, mas especialmente na infância”, declarou a autora.

O livro leva o leitor a fazer inúmeros questionamentos sobre o combate à violência sexual contra crianças e adolescentes. “É preciso ter um olhar atento ao acontece à nossa volta, aos sinais que as crianças e adolescentes emitem, ainda que não sejam nossos filhos, irmãos ou sobrinhos. Pode ser alguém na sua igreja, no seu prédio, amigos de seus filhos, estranhos nas ruas. Não importa! O que importa é que muito sofrimento poderá ser evitado se nós, adultos, simplesmente, ouvirmos e enxergarmos esses pedidos, muitas vezes silenciosos, de socorro”, concluiu.
A obra pode ser adquirida nas principais livrarias e plataformas digitais do país.

Maio Laranja

Marcado pela campanha do Maio Laranja, este mês é dedicado ao enfrentamento ao abuso e ao combate à exploração sexual de crianças e adolescentes. A causa é uma das principais bandeiras levantadas pela senadora e para reforçar o combate a esse tipo de crime, uma série de eventos foi programada pela parlamentar, ao longo deste mês. A Lei 14.432, sancionada em agosto de 2022 pelo então presidente Jair Bolsonaro, institui a campanha Maio Laranja, a ser realizada no mês de maio de cada ano, em todo o território nacional, com ações efetivas de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. “Entre as atividades da campanha, ao longo do mês de maio, estão previstas a iluminação de prédios públicos com luzes de cor laranja; promoção de palestras, eventos e atividades educativas; e veiculação de campanhas de mídia sobre prevenção e combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes”, explicou a senadora.

Números assustadores revelam a triste realidade do que ocorre no Brasil. De acordo com dados do MMFDH (Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, 2022) a cada hora, 3 crianças são abusadas no país. Cerca de 51% tem entre 1 a 5 anos de idade. Por ano, meio milhão de crianças e adolescentes são explorados sexualmente. E, ao contrário do que possa parecer, a maior parte dos casos de exploração sexual de crianças e adolescentes, 52%, acontecem dentro de casa.

Por que maio?

Em Vitória, no Espírito Santo, uma menina de apenas oito anos de idade foi sequestrada, drogada, violentada sexualmente e assassinada. A data era 18 de maio de 1973. Três réus acusados foram absolvidos do bárbaro crime e permanece impune até os dias de hoje.

Diante da absolvição, militantes e entidades se mobilizaram para a criação do Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual e Comercial de Crianças e Adolescentes. A data sugerida foi 18 de maio, dia do assassinato de Araceli. Foi em 2000, com a aprovação da Lei Federal 9.970/2000, que o dia se tornou oficial em todo o país. Em 2022, foi criado o Maio Laranja.

Histórico de combate

O assunto sempre esteve presente na trajetória de lutas da ex-ministra do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e, hoje, senadora Damares Alves. À frente da pasta, a ex-ministra promoveu políticas públicas, diversos eventos e também disponibilizou ferramentas para esse combate como o Disque 100, canal de denúncias do ministério. Somente no ano de 2021, foram mais de 6 mil denúncias registradas pelo canal.

No Congresso, a senadora defende a aprovação do Projeto de Lei 1776/2015 que prevê o aumento da pena de crimes sexuais contra crianças e adolescentes. O tema será debatido em audiências públicas, durante este mês, na Comissão de Educação e Comissão de Direitos Humanos. Além disso, está prevista a apresentação de proposições legislativas acerca do tema e a realização de encontros com gestores públicos.


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