A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) defendeu, nesta terça-feira (2), uma reação da classe política pela interrupção do julgamento de Jair Bolsonaro, depois que o ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Eduardo Tagliaferro compartilhou material que comprovaria atuação política do ministro Alexandre de Moraes para incriminar o ex-presidente.

Tagliaferro participa de audiência pública da Comissão de Segurança Pública (CSP) do Senado, onde apresenta conversas dele, por meio de aplicativo de mensagens, com integrantes da equipe do ministro na época em que ele ocupava a presidência do TSE.

O ex-assessor apontou episódios em que recebeu ordens dos juízes auxiliares de Moraes para que se “construísse uma história” que ajudasse a criar um ambiente político de julgamento de Bolsonaro, inclusive com demandas de que ele, Tagliaferro, produzisse relatório com data retroativa para compor material comprobatório contra o ex-presidente.

“O que estamos presenciando aqui é uma grande violação de direitos humanos. Pessoas foram acusadas, buscas e apreensões foram feitas e pessoas foram presas com provas falsas, provas forjadas por um magistrado. Esse magistrado tem que ser preso hoje”, protestou a parlamentar brasiliense.

Damares Alves também defendeu atuação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para que repasse as informações obtidas pela CSP com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso.

Para a senadora, as provas contra Bolsonaro estão contaminadas diante da atuação política de Moraes em perseguição a Bolsonaro.

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