CPMI do INSS: Damares defende convidar defensor de idosa apontada como laranja de associação

Senadora diz que mulher é mais uma das vítimas das fraudes e poderia ser exposta publicamente
26/8/25 às 13:08, Atualizado em 26/8/25 às 13:18

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) solicitou, nesta terça-feira (26), que o defensor público cearense que representa Francisca da Silva de Souza, de 72 anos, apontada como presidente de uma das entidades investigadas pelo esquema de fraudes no INSS, seja ouvido antes dela pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga o caso.

Francisca é alvo de pedido de convocação para prestar depoimento por ser apontada como presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional (Aapen), mas tem alegado ser analfabeta e dito que foi usada como laranja no esquema.

“Pelo que sei ela não sabe de nada. Inclusive, está assustada com tantas vezes que o nome dela está sendo citada”, destacou a senadora.

Damares Alves disse que chamar o defensor para prestar depoimento garantiria o respeito à dignidade da idosa, uma vez que a idosa agora investigada por ter sido apenas mais uma vítima de todo o esquema.

Entenda o caso

A Aapen, a qual Francisca figura como presidente, é uma das cerca de 30 entidades suspeitas de fazer descontos em pagamentos do sem autorização dos beneficiários.

Na última semana, a Defensoria Pública do Ceará ajuizou uma ação na Justiça estadual apontando que Francisca foi indevidamente inserida como dirigente de uma entidade da qual jamais participou ativamente, não exercendo qualquer função de gestão ou controle.

Como responsável legal da Aapen, a idosa começou a receber centenas de cartas de cobrança de pessoas lesadas pela entidade. Há mais de 200 processos contra ela na Justiça.

Segundo a Defensoria, Francisca foi procurada em 2023 por uma mulher, chamada Liduína, que disse que ela tinha direito a um empréstimo.

Essa mulher apresentou à idosa um grupo de advogados que a fizeram assinar documentos para receber o suposto empréstimo. Foi então que ela virou presidente da Aapen.

Para comprovar que foi enganada, a idosa anexou ao processo trocas de mensagens e áudios com esses advogados.

“Usaram muitas pessoas inocentes e estou com medo de trazê-las aqui. O dano causado à imagem dessas pessoas, a exposição que elas terão, pode ser algo irreversível”, alertou a parlamentar brasiliense.

 


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